Tachigali densiflora (Benth.) L.G.Silva & H.C.Lima

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

Descrita como Sclerolobium densiflorum em 1870, foi recombinada em 2007 como Tachigali densiflora (Silva; Lima, 2007). Possui os nomes vulgares relacionados as localidades: "arapaçu" (BA), "carvoeiro" (ES), "ingá-de-porco" (PE), "ingá-porca" (SE), "ingá-porco" (SE, PE), "ingá-açu" (AL), "ingauçu" (BA), "inguçu-preto" (BA), "louropastoré" (PE) e "passoré" (AL) (Silva, 2007).

Dados populacionais

Em uma subpopulação da Reserva Biológica de Saltinho, PE, a espécie apresentou estimativa de 0,59% de regeneração natural total da subpopulação amostrada para uma área de sub-bosque de povoamentos de Eucalyptus saligna Smith (Alencar et al., 2011). Com frequência, forma grupamentos moderadamente densos (Carvalho, 2008). A espécie apresentou para três indivíduos de quatro, sete e dois anos de idade a altura média de 3,9, 6,8 e 3,1 metros, e o DAP médio de 4,7, 12,7 e 3,9, respectivamente (Carvalho, 2008). Apresenta maior índice de valor de importância no Parque Nacional Serra de Itabaiana, com 100 indivíduos contabilizados, e uma densidade absoluta de 454,55 indivíduos/ha (Vicente et al., 2005). Já em um fragmento de 254 ha em Igarassu, PE, foram encontrados dois indivíduos da espécie (Rocha et al., 2008). Na Reserva Ecológica de Gurjaú, Cabo de Santo Agostinho, PE, foram totalizados sete indivíduos com CAP maior que 15 cm (Silva Júnior et al., 2008). É frequente, e em alguns trechos domina completamente a paisagem, na Estação Ecológica de Caetés, Paulista, PE (Pessoa et al., 2009).

Distribuição

Espécie com ampla distribuição pela Mata Atlântica, ocorrendo desde o Estado do Espírito Santo, Minas Gerais até a Paraíba (Silva, 2007). Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo em Mata Atlântica nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e Espírito Santo (Lima, 2012). Altitude retirada de Carvalho (2008).

Ecologia

Em geral também é muito comum em áreas de vegetação secundária, próximas a córregos, ocorrendo em solos arenosos e argilosos (Silva, 2007). Considerada espécie clímax (Carvalho, 2008). Com frequência, forma grupamentos moderadamente densos (Carvalho, 2008). Apresenta deficiência hídrica nula ou pequena, na faixa costeira da Bahia e em áreas menores de Alagoas e de Pernambuco. De pequena a moderada, na faixa costeira de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco e da Paraíba (Carvalho, 2008). Sclerolobium densiflorum ocorre em solos profundos,de fertilidade química média, com textura argilosa aargilo-arenosa, bem drenados, apresentando pH baixo (Carvalho, 2008). Apresenta cerca de 3.900 sementes por quilo. As sementes dessa espécie apresentam comportamento ortodoxo em relação ao armazenamento, mantendo a viabilidade por mais de 75 dias (Carvalho, 2008). A germinação é epígea ou fanerocotiledonar. A emergência ocorre de 13 a 120 dias após a semeadura, com 12 % a 40 % de germinação (Carvalho, 2008). Na Serra da Capivara ocorre em chapada (terrenos sedimentares) (Lemos, 2004). Utilizado como habitat para a espécie "preguiça-de-coleira" (Bradypus torquatus Illiger 1811), no sul da Bahia (Barreto, 2007).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Observações: Ocorre na Reserva Biológica de Saltinho, PE (Alencar et al., 2011), na Reserva Biológica de Una, BA (Saracura, 1997), na Reserva Ecológica de Gurjaú, Cabo de Santo Agostinho, PE (Silva Júnior et al., 2008), no Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí (Lemos, 2004), na Estação Ecológica de Caetés, Paulista, PE (Pessoa et al., 2009).

3 Research actions
Observações: Considerada de Baixo Risco de extinção no Centro de Endemismo de Pernambuco (Uchoa Neto; Tabarelli, 2002).

1.2.2.1 International level
Observações: "Quase ameaçada" (NT), segundo a Lista Vermelha da IUCN (2010) (Vaz, 1998).

Usos